domingo, 5 de junho de 2011

Concentração Industrial e Bancária

No final do século XIX deu-se uma formação de unidades fabris cada vez maiores, em termos de: número de operários, tamanho de instalações e capacidade produtiva. Com toda esta evolução, a organização das fábricas saiu afectada e foram obrigadas a criar novos departamentos como o de administração ou consultadoria. Criou-se assim a empresa indústrial.
As frequentes crises económicas e a livre concorrência provocaram a concentração indústrial, forçando as indústrias a fortalecerem-se em termos económicos, para poderem resistir á concorrência e sobreviver as periodos de recessão. Mas esta concentração nunca poderiam ter acontecido sem a criação de novos bancos publicos e privados, o aumento da actividade bolsista, etc - crescimento dos meios financeiros.
Durante o período de tempo da 1ª revolução industrial, a maior parte das fábricas pertencia apenas a um patrão. Por vezes, chegavam a pertencer a sociedades familiares. Mas com as exigências de crescimento, durante esta época marcada pela livre concorrência, muitas destas unidades de produção tiveram que recorrer a crédito para obterem o capital que precisavam para evitar a falência da empresa e para ajudar no desenvolvimento da mesma. Foi este o motivo que tornou muitas empresas em sociedades por acções.
Então, corporizado por muitas sociedades financeiras e bancos, o capitalismo financeiro atingiu o seu auge e passou a dominar a maioria das indústrias através da compra de acções e do crédito.
Mas o processo de concentração industrial não se deu apenas pelo alargamento da produção na empresa, deu-se também pela junção de outras indústrias. E este processo teve duas modalidades: a concentração vertical e a concentração horizontal.

Concentração Vertical - uma indústria forte anexava a si própria outras indústrias da mesma região cujas produções concorriam pelo mesmo produto. Este tipo de concentração foi mais utilizado pelas indústrias siderúrgicas e texteis de maneira a monopolizar a produção e a comercialização de um determinado produto. Estas associações também se podiam dividir em relação à sua gerência colectiva: trusts (quando existia apenas uma gestão e uma sociedade) e holdings (quando cada indústria continuava independente em relação á produção, mas eram controladas por uma gestão que tinham em comum).

Concentração Horizontal - resultava da junção de indústrias similiares que se ocupavam da mesma fase de produção do produto. Estas concentrações podiam gerar cartéis, em épocas de crise, que é um tipo de associação horizontal em que as unidades de produção permanecem independentes tecnicamente, financeiramente e juridicamente mas têm uma gerência comum para poderem tomar decisões conjuntas em relação às quotas de produção, ao montante dos preços e à divisão dos mercados de escoamento. O objectivo destas concentrações é acabar com a concorrência entre as indústrias e estabilizar os mercados.

Estas associações passaram a concretizarem-se internacionalmente, a partir do final do século XIX, passando a poderosas multinacionais.

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