quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Dificil Recuperação Económica da Europa

Depois da guerra de 1914-1918, a economia mundial encontrava-se bastante instável. E por isso, a maior parte dos países europeus enfrentavas uma dificil reconstrução e reconversão económica, o que provocou o endividamento (tanto interno como externo) e uma desvalorização monetária, criando crises inflacionistas. Os países nos quais esta situação foi mais grave foram: a Alemanha, a Áustria e a Hungria (países que ficaram responsáveis pelo pagamento de elevadas indemnizações de guerra).
Esta recuperação económica europeia já era dificil e agravou-se ainda mais com a dependência em relação aos EUA. Durante a guerra, a produção industrial da Europa diminuiu por volta de 40% e a produção agrícola 30%, causando a perca de mercados internacionais para o Japão e os EUA. Em 1913 a Europa detinha 63% do comércio internacional enquanto que em 1922, passou a ser apenas 52%.
Mas mesmo os países que não sofreram destruições no seu território, também passaram por dificuldades, causadas pela desorganização do comércio internacional e pela necessidade de reconverter para o desenvolvimento económico das populações as forças produtivas até ai canalizadas para a guerra.
Este esforço não foi apenas sentido na Europa mas também nos EUA, que sofreram a sua primeira crise económica (1920-1921) provocada pelo excesso de stocks, falências, desemprego e deflação, que afectou outros países dependentes da economia americana.
A recuperação só se iniciou quando as crises inflacionistas foram resolvidas e quando houve uma estabilização monetária.
A partir do ano de 1923, deu-se um crescimento e desenvolvimento económicos nos EUA:
  • desenvolvimento técnico, exploração de novas fontes de energia, aperfeiçoamento do processo produtivo, exploração de novos ramos industriais e relançamento da agricultura;
  • incentivo ao consumo em massa pelo desenvolvimento das vendas a crédito e da publicidade;
  • incremento das operações bolsistas.
Com todo este crescimento, originou-se a "era de prosperidade" nos EUA, os quais se tornaram os grandes fornecedores e credores da Europa, aumentando assim a dependência desta em relação aos americanos.

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